sábado, 3 de outubro de 2015

Carta: "Não há distância"

Série "Cartas Perdidas", Nº 12


São José/SC - 15 de Outubro de 1995

Isso já foi longe demais para voltar atrás

Realmente cada vez mais vejo o que vamos construindo dentro de nós. Construindo sem de fato construir. É assim que vejo o que vem em mente sobre o que seria nós de fato. Não que tudo isso tenha sido planejado. De fato não foi. Não tem sido planejado, nem tenho planejado nos últimos tempos.

E realmente nem eu nem você, não pensamos onde isso poderia ter ido. A cada novo sorriso, um diferente do outro, cada risada, os sussurros durante a noite, falando baixinho no telefone, pra não acordar ninguém. A cada ideia cada pensamento cada detalhe. Tudo isso foi de fato preponderante.

Que quando eu disse que teria que ter coragem pra enfrentar uma distância grande, fui percebendo que a distância se tornou pequena, detalhe ínfimo, perante sua existência. Enfrento não só a distancia mas qualquer coisa.

E é engraçado como acontece isso com a gente, sem nenhum tipo de controle, criamos uma semente bem dentro do coração, ela cresce descontroladamente e vorazmente, que consome nossa alma, nos deixa tanso.

Não adianta fugir, eu tenho que simplesmente admitir toda essa loucura, estou disposto, você está, nós estamos. Entender o quanto te quero, que devo também admitir que sim, amo você! Simples e puramente um amor rasgado e sem subterfúgios.

Difícil demais inclusive esconder esse sentimento e simplesmente não falar, pra não perder você digo que te amo!

Sou grato por ter te conhecido, cada dia me sinto possuidor de uma sorte descomunal. Onde você esteve?

Não haverá distância que me impeça de sentir isso.
 

É isso, agora é inevitável, eu amo você.

 "Sou grato, todos os dias, por ter tido a oportunidade de te conhecer!"


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