quinta-feira, 7 de março de 2019

A incoerência da crítica anti-conservadora

Série "Reflexões Pessoais", Nº 45



Um dos argumentos mais incoerentes da esquerda é que qualificam que as ideias conservadoras são, de per si, antiquadas e medievalistas. E, por isso, o conservadorismo há de ser combatido com todos os meios possíveis (desconstrutivismo).

Porém, honestamente, sabe-se que o conservadorismo não têm nada a ver com rigor ascético, mas sim, com o criticismo às mudanças morais e legais exageradas, e ao ideal segundo o qual em tudo há o limite da moderação e do racional, em especial quando se trata de mudanças que incidem, com imposição, sobre uma coletividade em detrimento do indivíduo. Politicamente falando. Bem como, a nível de comportamento, o conservadorismo guarda relação de respeito com a ordem moral e a civilidade humana, adquiridos pelo longo processo de evolução (testificação) e das conquistas da humanidade.

A direta e justa evolução humana, no geral, sempre foi em busca daquilo que é equilibrado, da racionalidade em detrimento da instintividade, de oportunizar a proliferação da razão em detrimento da emoção.

Ora, é aqui que a contradição esquerdista começa a ficar evidenciada.

Enquanto os conservadores são classificados de atrasados por repreenderem comportamentos incontinentes e passionais, os progressistas, hoje, não enxergam limites, pois negam o equilíbrio de conduta e relativizam o decoro da civilidade, defendendo e praticando, sempre que possível, comportamentos subversivos, imorais e até contraventores, como meios necessários para causa ideológica, atualmente, rotulada cinicamente de "causa humanista" ou "progressista", como forma de inclusão e igualdade.

Como pode classificar o conservadorismo de "medievalista" por ter como norte o prudente criticismo, quando o "progressismo" apregoa que os indivíduos devem "desconstruir" todas as regras morais e legais em busca de uma vida "tolerante, em amor, em liberdade, em igualdade", mas que concretamente estar a se traduzir - na prática - no mais puro comportamento PRIMITIVO?

Como se dizer "progressista", em oposição à racionalidade e à moderação de comportamento, quando se prega uma ideia cuja conduta ora emula rituais de acasalamento, em busca da sua afirmação, ora emula cerimônias de intimidação física, em busca de sua autopreservação, típicos de sociedades tribais e de sociedade de animais selvagens?

Isso não tem nada de progresso, mas de regresso ao primitivismo.

Por exemplo, aos gays, os progressistas não querem apenas que eles sejam respeitados e que a opção sexual seja tratada como irrelevante para uma vida social. Todos são humanos. Mas, egoisticamente por razões de ideologia, apregoam que os gays devam ser irreverentes e escandalosos em comportamento, até mesmo histéricos e autoritários. Ai, pergunto - este comportamento afetado, o que tem a ver com o meu prazer sexual pelo mesmo gênero? O que tem a ver eu, homossexual, me comportar como um primitivo, exibindo em publico minha genitália e anus, com a politica afirmativa de fazer a opção sexual um indiferente social, para que a qualidade de humano seja a primazia de tudo?

Por que esta pregado esta pecha de que o homossexual ha de ter a legitimidade de ser obsceno enquanto um hétero não pode ser obsceno?

Não se combate o mal com mal.

Outro exemplo. Aos negros, os progressistas não querem apenas que a sua cor seja um indiferente para a vida em sociedade, a fim de que os caracteres intelectuais ganhem oportunidade e evidencia. Todos são humanos. Mas, egoisticamente por razoes de ideologia, apregoam que os negros devam ser autoritários, por razão de "divida histórica" (leia-se por revanchismo legitimado), por se sentir com o direito de exigir privilégios em detrimento de brancos, e supremacistas, com o poder permissivo de discriminar brancos com declarações grosseiras e absurdas?


O que tem a ver eu, negro, me comportar como um primitivo, exibindo em publico exigências melindrosas e separatistas, como tivesse buscando minha autopreservação, com a politica afirmativa de fazer uma mera questão de melanina um indiferente social, para que a qualidade de humano seja a primazia de tudo?


Por que esta pregado esta pecha de que o negro ha de ter a legitimidade de separatista enquanto um branco não pode ser separatista?

Não se combate o mal com mal.

Outro ponto. Raciocine na prática sobre essa legitimidade de quebra de regras morais e legais em nome do justiçamento social.

Perceba que as gangues e facções criminosas se comportam exatamente como primitivos, tribais e selvagens, sem valores civilizatórios, em total desprezo aos valores éticos e morais, à revelia do processo da racionalidade humana. Ora, atualmente, as facções criminosas são exatamente o efeito das causas progressistas, no caso, do quase abolicionismo penal apregoado pelas políticas criminais hiper-garantistas.

Podemos incluir também outras expressões, como os bancos acadêmicos de ciências humanas, os partidos políticos de esquerda e os grupos alternativos que veiculam ideias esquerdistas.

Acerca dos programas irresponsáveis de imigração na Europa. À revelia dos valores culturais já estabelecidos na sociedade europeia, inseriram, de forma passional, sob o pretexto de humanismo, milhares de imigrantes. A causa por não recorrer de uma visão crítica, analítica e judiciosa e por relativizar à ordem moral e legal do estado de coisas do local gerou esse efeito de bagunça, promiscuidade, violência, desordem e libertinagem na Europa.

Predicados negativos esses que, observem, já não mais existem no dicionário mental de um esquerdista. Em sua embriaguez ideológica, o progressista já não sabe dizer o que é o comportamento primitivo, libertino ou violento, porque para ele, isso tudo já é, por si só, uma representação do "progressismo" quando realizado por certos indivíduos que gozam da legitimidade para tanto. Mas, por outro lado, como partidários-binários que são, sabem plenamente definir que qualquer repreensão às suas práticas animalescas é expressão do "ultraconvervadorismo medieval-patriarcal-burgues-branco-cristão-fascista-americano-ocidental-direitista" entre outros termos imbecis e chulos.

Desde quando uma sociedade cujo ambiente de desordem, desorganização, indisciplina às regras éticas e legais conseguiu evoluir nas áreas da tecnologia, da civilização, da humanidade? Uma sociedade que despreza os valores morais e as regras legais predispostas não evoluirá, mas, à medida do tempo, involuirá ao primitivismo. É isso o resultado do Brasil petista - criminalidade ostensiva e promiscuidade pública.

O progressismo perdeu o fio da meada e o senso de proporção das coisas da realidade. Perdeu o senso de justiça, o espírito de moderação e os valores da humanidade, como norte de vida. Uma coisa é lutar contra os extremos dos ultraconservadores e das regras preestabelecidas de Estados ditatoriais. Outra coisa é lutar contra tudo que se revele ordeiro, individual, organizado e legal. Não tem nada a ver uma coisa com outra. Visão binária e preconceituosa, pré-requisito de todo esquerdista hodierno.

A esquerda e os seus militantes já não querem igualidade, inclusão e liberdade. Pois sim querem supremacia e autoritarismo. Querem legitimidade para infringir e subverter, sob o fundamento de justiça social, tudo que se revele produto da ordem e da disciplina humana. Pela sua limitação racional de compreender uma vida minimamente ordeira e produtiva, querem que todos se adequem, por revanchismo, ao comportamento primitivo que eles defendem, sob o rótulo "fanfarrão" e "cult" de "pós-modernidade". Modernidade e progressismo porra nenhuma!

Que o errático, o medíocre, o subversivo, o PRIMITIVO, seja traduzido como o correto, o PROGRESSO, e o símbolo de evolução humana. Tudo é válido sob o pretexto de liberdade e amor, independentemente das consequências.


"Uma pessoa que diz que a verdade é relativa, está pedindo para você não acreditar nela."
Roger Scruton




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