domingo, 10 de maio de 2020

O moço, o trem e o destino.

Série "Curtas", Nº 48


O moço olha a locomotiva
Que o espera sem hesitar
O coração bate forte
Sem saber o que fazer

As lembranças vêm à tona
Das histórias que viveu
Mas o medo o impede
De seguir o que já conheceu

O trem apita impaciente
Chama para a viagem
O moço se sente pequeno
Diante dessa passagem

Mas algo nele desperta
E o faz dar o primeiro passo
Entra no trem sem olhar pra trás
Deixa o passado e o espaço

O destino agora é incerto
Mas o trem segue em frente
O moço confia na estrada
E se entrega ao que vem pela frente.



"Na vida podemos escolher vários caminhos, pessoas e como queremos viver, mas os batimentos do nosso coração é involuntário, não escolhemos por quem ele vai bater e quando vai parar de bater."

domingo, 3 de maio de 2020

Quais os limites entre os três poderes?

Série "Reflexões Pessoais", Nº 53


O buraco é mais embaixo, bem mais embaixo que Maia e os cretinos do supremo estão vendo.

"Democracia", "instituições" e "Estado Democrático de Direto", desde que a população elegeu Bolsonaro a imprensinha adestrada, "Rodrigos Maias" e os Supremos falam essas palavras sem parar... dizendo que defender esses conceitos é uma obrigação de todos.

É mesmo?

Será que as pessoas sairiam as ruas aos milhões caso o STF e o congresso fossem efetivamente fechados? Com esses deputados e esses ministros aí, duvido muito que alguém sairia, e esses putos sabem disso, eles não gostam de falar a respeito mas a única "instituição" que mantém esses cretinos empoleirados no poder hoje são as forças armadas.

Uma democracia, para sobreviver, precisa antes de tudo que os cidadãos a defendam – e eles só vão defender o sistema democrático se estiverem convencidos de que há razões claras para fazer isso, ou seja, se julgarem que as instituições merecem realmente ser defendidas. No caso do Brasil, pouca gente acha que essa pasta que está aí merece algum tipo de defesa.

Se a conduta pública e objetiva de "Nhonhos", "Batorés" e ministros do STF ("semideuses") é um insulto diário ao cidadão, porque esse cidadão deveria defendê-los?

Vivemos num país em que 55.000 indivíduos se beneficiam de uma aberração, inédita no mundo, chamada “foro privilegiado” – ou seja, a lei brasileira diz, com todas as letras, que essa gente tem mais direitos que os outros 200 milhões de brasileiros. Não podem, simplesmente, ser julgados perante a Justiça comum pelos crimes que cometem.

Nosso congresso dispensa apresentações, num país onde 50% das pessoas não tem esgoto, os nobres deputados não aprovam uma lei permitindo que empresas privadas forneçam esgoto, porque querem continuar mamando em estatais falidas, ineficientes e corruptas, onde a ineficiência é premiada com mais verbas.


O que dizer do STF, onde há ministros que conduzem inquéritos criminais secretos, censuram órgãos de imprensa ou absolvem donos de empresas de ônibus que roubam o erário, impõe ao País um estado de insegurança jurídica permanente e está destruindo a possibilidade de se prever o que é certo e o que é errado.


E temos o poder executivo que manda sua polícia agredir cidadãos, algemar mulheres...

É essa democracia aí que o povo deveria defender acima de todas as coisas?




 Qual o preço da Democracia?