Série "Poesias e Devaneios", Nº 54
Sua brisa, doce perfume
Em você é só você...
Sempre foi...
Em você é só você...
Sempre foi...
Não existe preço de um serviço ou produto que seja justo, somente valor justo. Se o preço é menor do que o valor que você dá ao produto, você faz a troca pois achou justo. Acontece que o valor é subjetivo e cada um dará um valor diferente a um mesmo produto de mesmo preço. Alguém que ganhe salário mínimo talvez ache justo pagar 50 centavos num pão francês, alguém que ganhe 100 mil por mês vai achar justo pagar 5 reais no mesmo pão, não porque eles acham caro ou barato, mas porque para eles mais vale um pão do que o dinheiro que eles pagam pelo produto, simples.
Não existe exploração sem coerção, você só é explorado se uma empresa te obrigar a consumir o produto ou serviço. Se uma empresa aumenta em 100 vezes o preço de um produto de um dia para o outro, vai comprar quem mais precisar ou, se não houver quem esteja disposto a pagar, a empresa ou abaixa o preço ou vai à falência. Não existe direito a pagar somente aquilo que se quer por um produto. O preço dele será ao mesmo tempo o máximo que os consumidores estão dispostos a pagar pelo mínimo que a empresa precisa vender para obter lucro.
"Empresário malvadão" é aquele que usa o estado para lucrar, seja através de patente, propriedade intelectual, fazendo lobby para regulamentar o setor para impedir concorrência ou ainda cartelizar o mercado, o que só é possível com estado, é impossível haver cartel numa sociedade livre, e é impossível um empresário prosperar no livre mercado sem atender a demanda dos consumidores, seja através de preços, qualidade, etc. Acabe com o estado e o empresário estará à nossa mercê, ao nosso dispor.
Usando apenas um exemplo anedótico: imagine que não exista estado e todos os hospitais sejam privados. Não existe regulamentação, logo, qualquer um pode concorrer no mercado. Não existe imposto, então o preço que pagamos hoje por atendimento de saúde privado seria diminuído, sem impostos diretos sobre preço dos medicamentos e insumos médicos, sem impostos indiretos sobre a folha salarial dos funcionários e em toda a cadeia produtiva desde cavar minério numa mina até o médico passar o bisturi no paciente, não existem patentes nem propriedade intelectual, logo o produto ou serviço que for melhor e mais barato será mais copiado e diminuirá ainda mais o valor. Se diminui o valor, mais pessoas podem consumir o serviço de atendimento médico privado, até mesmo os mais pobres.
Só que você pode estar esquecendo que agora sem estado, qualquer um pode trabalhar onde quiser, pelo valor que quiser ou abrir a empresa quem quiser sem pagar nada para o estado. Se você reduz o custo para se manter no mercado, terá mais lucro e poderá investir esse lucro para ter a melhor produção possível. Para ter a melhor produção possível você deve ter os métodos mais eficientes, e o mais importante, tratar bem os funcionários e mantê-los motivados, seja através de um salário maior, de plano de carreira e outros mimos empresariais. Se as pessoas, mesmo as mais pobres agora ganham mais, podem dispender desse dinheiro para ter saúde privada que se tornou muito mais barata.
É uma bola de neve "do bem". Quanto mais livre o mercado, maior o lucro, maior a concorrência e mais pessoas terão acesso a produtos e serviços, isso aumenta salários, diminui a pobreza e aumenta o bem estar do indivíduo, que vai passar isso para frente. O estado impede isto pois os indivíduos que dele fazem parte precisam do dinheiro dos que produzem para viver, e para ter esse dinheiro eles não produzem nada, só tomam de quem produz, do mais rico ao mais miserável e indefeso indivíduo da sociedade. É cruel, pois o estado é o maior destruidor de riqueza, impede os pobres de saírem da pobreza, mata direta ou indiretamente através das suas leis, da sua presença, tudo disfarçado de uma instituição necessária para se viver, nada mais errado.