sábado, 13 de abril de 2024

Além da Dualidade: O Jardim da Alma

Série "Poesias e Devaneios", Nº 105

Além do Bem e do Mal, navegar,
A Alma, o segredo desvendar.
Do mal, o bem arrancar, enfim,
Coração, sem fim, regue o jardim.

No bem, o mal se esconde, a espreitar,
Nas sombras da luz, a conspirar.
Mas com coragem, sem hesitar,
Do bem, o mal expulsar, libertar.

Crenças se tecem na mente a voar,
Desejos e medos a ecoar.
Na calma do ser, a verdade encontrar,
No não querer, a liberdade se alinhar.

Não desejar, não exigir, nem esperar,
Serenidade do ser, se ancorar.
Firme na jornada, mesmo em desatino,
No centro do caos, encontrar o destino.

Assim, além do bem e do mal, seguir,
Essência da alma, florescer, sorrir.
Sem despedaçar, afundar ou ruir,
Na força do ser, o universo fluir.

Além do Bem e do Mal, navegar,
A Alma, o segredo desvendar.
Do mal, o bem arrancar, enfim,
Coração, sem fim, regue o jardim.


"Temos que trabalhar interiormente no sentido de aceitar a realidade, 
ainda que está seja dolorosa."



segunda-feira, 8 de abril de 2024

Em Silêncio

Série "Poesias e Devaneios", Nº 104

Na calada da noite, escolho amar-te,
No silêncio, sem palavras, sem alarde.
Nesse mutismo, não há espaço para recusa,
Apenas eu e meu amor, num gesto audaz.

Na solidão das horas, meu coração te busca,
Entre as sombras, nossos destinos se entrelaçam.
Sob o manto da noite, onde ninguém nos vê,
Sussurro meu amor por ti, ao luar que reluz.

Prefiro a distância, um abismo entre nós,
Protegendo-me das dores, dos desgostos.
Entre milhas e milhas, meu afeto perdura,
Um vínculo etéreo, que nem o tempo apura.

Beijo-te no vento, numa carícia passageira,
Deixo meus desejos serem levados pelo ar.
Que eles encontrem teus lábios, onde estejas,
E te recordem do amor que sempre irá perdurar.

Nos meus sonhos, és a musa que inspira,
O eterno enredo de um romance sem fim.
Em abraços oníricos, nosso amor se eterniza,
Em um cenário intemporal, onde tudo é enfim.

Na calada da noite, escolho amar-te,
No silêncio, sem palavras, sem alarde.
Nesse mutismo, não há espaço para recusa,
Apenas eu e meu amor, num gesto audaz. 


Em frente seguir
Não teme arriscar
A semente, plantar
Vida intensa, voar!






terça-feira, 12 de março de 2024

Thabatta

Série "Poesias e Devaneios", Nº 103

No olhar dela, um mistério sem fim,
Sua alma reflete estrelas num céu sem fim.
Com determinação e coragem no peito,
Ela desbrava caminhos, sem medo do feito.

Seu sorriso é como o sol ao amanhecer,
Iluminando o mundo, fazendo-o florescer.
Com passos firmes, ela segue adiante,
Desafiando o destino, sem temer o instante.

Ela, que ecoa na mente,
Uma força da natureza, imponente e potente.
Com sua bravura, enfrenta os desafios,
Elevando-se sempre, rumo aos seus meios.

Seus olhos guardam segredos, histórias por contar,
Um oceano de emoções, pronto para navegar.
Ela, a heroína de sua própria jornada,
Com sua essência única, eternamente marcada

Que sua luz continue a brilhar, sem cessar,
Guiando-nos pelo caminho, a nos inspirar.
Absolutamente, símbolo de força e de fé,
Que seu destino seja grandioso, como você prevê.


"...Tão linda quanto sólida, ela amava a si mesmo o suficiente para ter
uma blindagem extra em seus sentimentos. Mas olhando no espelho ela via o
que era o seu universo no momento: ela mesma, uma linda menina quase mulher..."


sexta-feira, 1 de março de 2024

Horizonte Branco Ouro

Série "Poesias e Devaneios", Nº 102

Amanheço sem saber se sonhei, vivi, 
Seu som ecoa, sutil, dentro!
Porta entreaberta, luz que se esvai, 
Ainda sinto gosto, mesmo assim.

Luar pinta areia, memória sem fim, 
Queria aqui a cor, mas só há solidão. 
A porta aberta, esperança em mim, 
Ainda sinto gosto, em cada canção.

Nome ressoa no quarto, eco vazio, 
Esperando pela luz, traz alegria. 
Ainda sinto gosto, mesmo no desafio, 
Aguardando seu retorno, como o nascer do dia.

Luar reflete na areia, memória sem fim,
Queria estar, mas bastou solitude
Porta entreaberta, esperança em mim,
Ainda gosto, cada canção

Amanheço sem saber se sonhei, vivi, 
Seu som ecoa, sutil, dentro!
Porta entreaberta, luz que se esvai, 
Ainda sinto gosto, mesmo assim.

A porta aberta, esperança em mim, 
Ainda sinto gosto, em cada canção.




"Você pode encontrar as coisas que perdeu, mas nunca as que abandonou."


 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Dois Oceanos

Série "Curtas", Nº 56

Um dia é efêmero para tanto amor,
Meu coração transborda, quer mais calor.
No corpo, anseio o teu toque, ardente,
O ano inteiro, sentir-te presente.

Na saia do tempo, quero me agarrar,
No sol da tua praia, quero me queimar.
Adoçar o mar dos meus desejos insanos,
No açúcar dos teus beijos, somos dois oceanos.


"She thinks she lost, but she didn't!
She never lost"



sábado, 27 de janeiro de 2024

Melodia Oculta e Verdades Embriagadas

Série "Poesias e Devaneios", Nº 101

Piores porres, gosto amargo persiste,
Boca de uma garrafa, memórias o tempo insiste.
Gosto de vidro, ressaca da verdade
Na noite embriaguez, a alma se entrega.

Uma festa acolhedora, casa cheia e repleta,
O Bardo dedilhando, violão cena secreta.
À paisana, ele canta, melodia própria e sua,
Enquanto eu, orgulhoso, oculto a ternura.

Num depósito de mistérios, loja vasta se desenha,
Chapéu na cabeça, desço, sentimentos me enleiam.
Celular toca! Ela na linha, do outro lado,
Garagem, ela sentada, olhar que me fascinado.

Bota preta e saia curta, estilo único, ela ostenta,
Aroma bom, abraços, cheiro que a alma sustenta.
Encaixe perfeito, típico sonho,
Mas a verdade, essencial!

Abraços e perguntas, ilusão se desenhando,
"Quer ouvir a verdade ou algo que te acalma?"
Pergunta ecoa, consciência martela, o coração dispara,
Ela fala, desperto antes, resposta na linha que não para.

Reflexão perdura, sonho desvanece,
Noites que o tempo esquece.
No enigma dos ébrios, se desenha,
A verdade se revela, que magoa e não resenha

Piores porres, gosto amargo persiste,
Boca de uma garrafa, memórias o tempo insiste.
Gosto de vidro, ressaca da verdade
Na noite embriaguez, a alma se entrega.




"(...)foi a melhor reflexão que eu tive disso tudo, a melhor reflexão..."



segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Escorri o tempo pelos meus dedos!

Série "Poesias e Devaneios", Nº 100

Escorri o tempo pelos meus dedos!

Perdi muita coisa!

As moscas que passaram na lâmpada...
No relógio da vida, vejo o ponteiro dançar,
Lamentação silenciosa, como folhas a tombar,
Na dança efêmera dos dias que foram perdidos.

No alvorecer da juventude, sonhos a florescer,
Mas o tempo implacável fez-se senhor do destino.
Entre risos e lágrimas, vi o passado fenecer, morrer
E a saudade teceu um manto, lúgubre e divino.

As horas corriam velozes, como rios a fluir,
E eu, espectador solitário, a ver o tempo partir.
Nas rugas do espelho, reflexo a envelhecer,
Lembranças ecoam, como ecos a ressoar a existir.

Ah, como anseio pelo retorno de momentos idos,
Quando a vida pulsava em compasso vibrante.
Hoje, contemplo o crepúsculo dos sonhos já idos,
No lamento das horas, no eco do passado distante.

Agora, diante do ocaso, deixo o tempo deslizar,
Entre dedos calejados, como grãos de areia a escoar.
Lamentação serena, no peito a ecoar o suspirar,
No silêncio da alma, o eco do tempo a se dissipar.

Perdi muita coisa!

Escorri o tempo pelos meus dedos...



Contra a foice do Tempo é vão combate...



terça-feira, 29 de agosto de 2023

Solipsismo

Série "Poesias e Devaneios", Nº 99

Noite, escuridão, EU persisto.
Enquanto você, no vazio, insiste.
Calor do amor, palpável e quente.
Mas seu mundo frio, nada se sente!

No ar que respiro, vida transborda!
Enquanto em sua ausência, tudo se acorda.
Eu existo, real, ser vivente,
Enquanto você, uma mente ausente.

Cada batida, meu coração ecoa.
Em contraste com a solidão, que você entoa.
Eu sou a vida, a essência, o movimento!
E você? Apenas um eco no silêncio.

Entre existência e ilusão, a distância é vasta.
Eu sou a chama que queima, a vida que arrasta!
Em mim, o pulsar do universo se assiste,
Enquanto em você, somente o vazio persiste.

Noite, escuridão, EU persisto.
Enquanto você, no vazio, insiste.
Calor do amor, palpável e quente.
Mas seu mundo frio, nada se sente!



“Minha imaginação me torna humano e me torna um tolo;
dá-me todo o mundo e dele me exila.”

- Ursula K. Le Guin




domingo, 30 de julho de 2023

Adeus, menina!

Série "Poesias e Devaneios", Nº 98

Menina, não vou ficar, eu vou
Eu vou pra entender
Quem eu sou!

Sem você, seguirei meu caminho
Dentro de mim, amor permanecerá
Em algum lugar calmo, o homem que também sou
Escolhe andar por onde vão seus pés

Aqui fico hoje, mas a moça que amava
Amanhã ou depois, estará em outro lugar
E ainda assim, que nos unia
Será eterno, sem fronteiras para cruzar

A moça agora é mulher!
Escrevendo seu destino, horizonte
Partir, amada, dizer adeus
Te prometo, quem quer, bem e amar

Ama como é, ama sua liberdade
E mesmo distante, presente
Te falo quem quer o bem
Para seu amor


Eu tenho que ir, amada
Adeus, menina!



"...não há último adeus, senão aquele que se não diz."

terça-feira, 11 de julho de 2023

Há certa loucura na bravura

Série "Poesias e Devaneios", Nº 97

Há certa loucura na bravura
Que nos move além dos limites
No ímpeto audaz, busca aventura
Onde coração ousa em frente

Na loucura, encontramos
Coragem e ousadia
Cada passo, alforria
Seguindo a intuição

A bravura faz voar
Além céus destemor
Asas fixas e mil sonhos
Da sensatez nova cor

Dança da vida,
Loucura e bravura
Entrelaçam jornadas
No chão, pé firme e alada

Louco bravio
Eterno navegante
Mares incertos,
Destino sextante

Em frente seguir
Não teme arriscar
A semente, plantar
Vida intensa, voar!

Há certa loucura na bravura
Que nos move além dos limites
No ímpeto audaz, busca aventura
Onde coração ousa em frente
!



Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna,
para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na
presença de muitas testemunhas.

1 Timóteo 6:12



quinta-feira, 29 de junho de 2023

Delusão Ascendente

Série "Poesias e Devaneios", Nº 96

Um véu, cada olhar
De sonhos, desejos
E agora, afinal,
Em excesso delusões

Enganamos aos bordões
Com promessas e encantos
E revela ilusões
Se desfaz meio aos prantos

Acreditar que não era
Prosopopéias fantasiosas
Mas agora claramente
Ilusões ardorosas

Iludindo e iludido
Em um jogo de enganos
Finalmente sem desfalque
Tua alma sem desmandos

Um véu, cada olhar
De sonhos, desejos
E agora, afinal,
Em excesso delusões



Apegado às palavras, a realidade se perde;
estagnado em frases, há delusão...


quinta-feira, 25 de maio de 2023

Cotard

Série "Poesias e Devaneios", Nº 95

Jazia sem vida, imerso na escuridão
Sem chão para pisar, nem céu para contemplar
Apenas uma existência vazia, sem sentido
Hoje, solo firme! Horizonte a brilhar!

Ergo-me das sombras, renascido em luz
Encontro os alicerces que sustentam meus passos
Para trás a apatia, a alma em turbulência
Avanço adiante, com fé nos meus traços

Cada passo renascimento, contemplo novo ser
A vida pulsa em meu peito, em cada respirar
Sinto-me despertar, a essência em ascensão
Um presente divino, não posso desperdiçar

Passado não me prende, livre meu caminhar
Desperto para um presente pleno da possibilidade
Para trás àquela sombra, da existência estagnada
Hoje, abraço o futuro! Gratidão e humildade

Cada dia que desperto, vivo assim estou
Chão sob meus pés, firme e seguro
Existo de verdade, em cada respiração
E caminho em direção ao futuro puro.


"O futuro vai ser tão brilhante que
nem vamos precisar de olhos para ver".


sábado, 6 de maio de 2023

Estrela Eterna? É real?

Série "Poesias e Devaneios", Nº 94

Na escuridão da noite, ergue-se a lenda sombria,
“O que é real?” sussurra nas sombras da memória.

Um segredo velado, uma verdade fugidia,
Uma fonte, a fonte de uma mágica história.

Pelos corredores da casa, o mistério se estende,
Uma estrela eterna, perdida nas profundezas.

A busca incansável, anseio não se rende,
Entre folhas e páginas, afloram tristezas.

No vão do tempo, um amor enlaçado,
Princesa e príncipe, união interrompida.
Estrela guardiã, elo que o destino enterrou,
“O que é real?” ressoa na alma, lembrança perdida, PERDIDA!

Pétalas caídas, o passado se desvanece,
Esperança é um suspiro que no peito pulsa.
Lenda se espalha, ecoando em cada prece,
Busca resgatar o que o tempo oculta.

Nas noites estreladas, a promessa se renova,
Um vislumbre de luz na escuridão profunda.
“O que é real?”, a crença que o coração aprova,
Um fio de esperança, uma história tão fecunda.

Ainda que o tempo teime em desfazer os laços,
A chama do amor permanece acesa.
No reino dos sonhos, entre risos e abraços,
A lenda persiste, imortal e indefesa.

E assim, ele avança com sua coragem,
Em busca da estrela que o destino ocultou.
“O que é real?”, o murmúrio que guia sua viagem,
Promessa de um amor que nunca se esvaiu.

Lenda urbana, um toque melancolia,
“O que é real?” ecoa âmago ferido.
Há sempre um vislumbre, esperança no dia!

A estrela eterna, em segredo, renasce em seu sentido.
A estrela eterna foi, em seu âmago, DIFAMADA
A estrela eterna, é, em essênssia, ETERNA. 



"L é real 2401"


sexta-feira, 14 de abril de 2023

Tarde ou cedo demais

Série "Curtas", Nº 55

A desventura do tempo se abateu sobre mim quando finalmente a encontrei, tarde demais para desfrutar de tudo o que ela tinha a oferecer. Mas antes disso, sem ter a chance de realmente conhecê-la, seu coração já havia sido cativado pela sua graça e encanto, mergulhando profundamente no amor que sentia.

Evidente paradoxo: tarde demais para apreciar, cedo demais para amar. O sentimento que lhe apoderou foi forte demais para ser ignorado, como se o destino tivesse brincado, pregando uma peça cruel em sua alma, o fazendo amar sem ter a chance de desfrutar.

O que ele poderá fazer agora, senão lamentar o que poderia ter sido, o que poderia ter acontecido se tivesse a chance de conhecê-la antes, de me aproximar antes que fosse tarde demais? Na certeza do sentimento permanecer ele se inertiza, mesmo que por ora não possa ser correspondido da maneira adequada.


"De que vale um nome, se o que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume?"



sexta-feira, 24 de março de 2023

E meu coração forte, jamais irá falhar

Série "Poesias e Devaneios", Nº 93

Sinto que me levam, sem escolha minha,
E tudo ao redor parece turvo, sem nitidez.
Já vi essa cena antes, várias vezes repetida,
Mas não assim, com essa pressa e avidez.

Por que correm tão rápido, para onde vão?
As emergências nem sempre salvam a vida,
Mas não sinto medo, meu coração segue são,
Não estou pronto para deixar esta partida.

Talvez seja um sonho, uma ilusão passageira,
Mas a sensação é real, não há como negar.
Será que meu tempo chegou, a hora derradeira?
Ou ainda tenho coisas a fazer, minha vida a tocar?

Não quero partir, não agora, não assim,
Há tanto a explorar, descobrir, desvendar.
Ainda há luz em meu caminho, um novo fim,
E meu coração forte, jamais irá falhar.

Sinto que me levam, mas não desisto de lutar,
Nunca é tarde para mudar o rumo da história.
Ainda há muito a viver, amar e sonhar,
E a vida é uma dádiva, uma grande vitória!

EM MEMÓRIA À TODOS OS POLICIAIS QUE TOMBARAM DEFENDENDO A SOCIEDADE


“Com o sacrifício da própria vida... Quando render-se não é uma opção"